sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Maria



Hoje, relembrando momentos bons da minha vida, vendo a foto daquela que foi responsável por me apresentar Nossa Senhora como mãe e ouvindo a música "Maria da minha infância" do Pe. Zezinho, eu gostaria de partilhar com vcs algumas coisas... Mas antes, vamos à letra da música: "Maria da minha infância"

Eu era pequeno, nem me lembro
Só lembro que à noite, ao pé da cama
Juntava as mãozinhas e rezava apressado
Mas rezava como alguém que ama
Nas Ave - Maria que eu rezava
Eu sempre engolia umas palavras
E muito cansado acabava dormindo
Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus
O tempo passa, não volta mais
Tenho saudade daquele tempo
Que eu te chamava de minha mãe
Ave - Maria, Mãe de Jesus
Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro
E fui esquecendo nossa amizade
Chegava lá em casa chateado e cansado
De rezar não tinha nem vontade
Andei duvidando, eu me lembro
Das coisas mais puras que me ensinaram
Perdi o costume da criança inocente
Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente
A mãe nunca esquece o filho ausente
Eu chego lá em casa chateado e cansado
Mas eu rezo como antigamente
Nas Ave - Marias que hoje eu rezo
Esqueço as palavras e adormeço
E embora cansado, sem rezar como eu devo
Eu de Ti Maria, não me esqueço...

Quem é esta mulher, Maria de Nazaré, que viveu há dois mil anos numa aldeia desconhecida da Galiléia, que resiste ao esquecimento do tempo e à inexorável corrupção das coisas e da memória? A sua figura ficou impressa nos corações e na fantasia de gerações, a ponto de se transformar na personagem mais amada, mais invocada, ponto de encontro de tudo o que é belo, doce, amável, fonte inspiradora de todos os sentimentos que exaltam o espírito humano. Pintores e escultores, poetas e escritores de todos os séculos esmeraram-se por celebrá-la com obras que enchem pinacotecas, museus, bibliotecas e centros de cultura de todo o mundo...
A diferença que existe entre Eva e Maria, é a mesma diferença que existe entre o “não” e o “sim”. Eva, na maior leviandade, disse “não” aos planos de Deus – e se viu despojada de tudo. Maria disse “sim” e se viu grávida do próprio Filho de Deus.
Mas quando aceitamos Deus em nossa vida, na hora em que respondemos “sim” a seus planos de salvação, eis que nós, à semelhança de Maria, como que nos revestimos de Deus, portadores de sua presença no meio da sociedade, geradores de alegria sem fim no próprio coração de toda a família humana.
Somos continuamente desafiados a escolher entre a serpente e Deus, entre o “não” e o “sim”, entre a rebeldia e a obediência, entre a dominação e o serviço, entre o egoísmo e o amor, entre ser instrumento de perdição ou instrumento de salvação...
Palavras proféticas, verdadeiras, ditas pelo Espírito Santo através da boca de Isabel. Mas, e as dificuldades? E as contradições que Maria experimentou depois de ouvir tudo isso? O evangelista não narra. Apenas deixa nas entrelinhas para que nós possamos deduzir e compreender.
São Bernardo, doutor da Igreja, disse que “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”.
De fato, por Ela nos veio o Salvador e tudo o mais.

Sem dúvida o papel preponderante de Maria na vida da Igreja é o de Mãe.
Depois da mais antiga oração, formulada no Egito pelas comunidades cristãs do século II para implorar à “Mãe de Deus” proteção no perigo, multiplicaram-se outras invocações. Ensina o nosso Papa que: “Hoje, a oração mais comum é a Ave Maria, cuja primeira parte é composta de palavras tiradas do Evangelho (cf. Lc. 1,28.42). Os cristãos aprendem a rezá-la entre as paredes domésticas, desde os mais tenros anos, recebendo-a como um dom precioso que deve ser conservado durante toda a vida. Esta mesma oração, repetida dezenas de vezes no Rosário, ajuda muitos fiéis a entrar na contemplação orante dos mistérios evangélicos e a permanecer às vezes, durante muito tempo, em contato íntimo com a Mãe de Jesus. Desde a Idade Média, a Ave Maria é a oração mais comum de todos os crentes, que pedem a Santa Mãe do Senhor que os acompanhe e proteja no caminho da existência quotidiana”. (cf. Exort. Apost. Marialis cultus, 42-55).

Maria viveu uma prova de amor decisiva. De um lado, Deus vinha revelar a verdade de Seu amor pela humanidade e a verdade de seu amor por ela.
A prova de fé passa pela prova do amor que consiste em entregar a vida por aqueles que amamos. Assim, Maria entra com Jesus no coração do Pai Misericordioso que amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único para salvá-lo. Pois Maria, junto com o Pai, entregou seu Filho para a salvação do mundo.
Somos todos filhos do Pai em Jesus Ressuscitado; filhos de Maria, entregues a ela aos pés da Cruz na pessoa de João: “Mulher, eis aí teu filho.” (João, 19, 26).

Foi nesse intuito, que num Retiro a alguns anos atrás, teve um momento Mariano e foi aí que passados anos da minha infância, tive um encontro pessoal com Nossa Senhora. Agradeço muito à uma pessoa, que fez esse papel de Maria. Através dos seus braços eu recebi um longoooo abraço e da sua voz, a senti em meu coração... Até a maneira de rezar a Ave-Maria mudou em mim, quanto mais esse conceito de mãe e intercessora...
Pois é... Como Maria, nós também precisamos dar o nosso sim... Temos o livre arbítrio de dizer SIM a Deus ou SIM a outra coisa...
Precisamos, também, servir... Colocar nossos dons a serviço dos "irmãos".... E Maria, está aí, para interceder por nós...

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